sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A arca da presença

Há alguns dias atrás, entrei em uma lanchonete depois do almoço para tomar um suco. A senhora que me atendeu, proprietária do estabelecimento, me trouxe prontamente o suco de cupuaçu como havia pedido e comecei tomá-lo lentamente; gosto de saborear suco gole a gole como se fosse um experiente degustador  dos melhores vinhos. De repente a pequena lanchonete foi aumentando o fluxo de clientes, pedidos e mais pedidos e a senhora atendia a todos com um sorriso expressivo de alguém que estava satisfeitíssima com o acontecido. Pedi a conta, fiz o pagamento, e quando eu ia saindo a senhora me puxou pelo braço e falou no meu ouvido: você pode voltar amanhã? Fiquei meio que perplexo sem entender e ela percebendo fez a ressalva; “É que você é uma pessoa muito abençoada...”.  É isso mesmo, a moça associou o seu excelente faturamento na lanchonete simplesmente por que eu estava presente, achei isso engraçado, não levei muito em consideração. Nos últimos tempos tenho andado em várias casas todas as semanas compartilhando a benção de ser vida na vida das pessoas, abençoando e sendo abençoado. Temos vivido comunidade há alguns anos em nossa igreja, o partir o pão de casa em casa aproxima nossos laços e aumenta a nossa fé à proporção que compartilhamos nossas vidas uns com os outros. Porém já fazia muito tempo que não recebíamos um grupo de irmãos em nossa casa e isso aconteceu essa semana na segunda feira para ser mais exato. Compartilhamos o pão, comida maravilhoso, e lógico, não poderiam faltar os sucos, tudo feito com muito amor por minha adorável esposa. Compartilhamos nossas vidas e oramos juntos. Foi um momento muito especial, estava com muitas saudades desses momentos em nossa casa, adoramos a Deus juntos, e como foi lindo parecíamos um coral de anjos cantando louvores a Deus de tão perfeita a adoração nesse dia tão lindo. Uma oração em especial do nosso líder Wenner marcou nossas vidas, simples, direta, concisa, sem arrodeios. Ele orou por cada um dos presentes e lembrou os ausentes também. Quando estávamos nos despedindo deu uma vontade de externar nossa alegria pela presença dos irmãos, porém a conversa se estendeu um pouco mais e acabei esquecendo-me  de agradecê-los. Dois dias depois eu estava no trabalho quando recebi um telefonema do hospital onde minha mãe faz hemodiálise há cinco anos em decorrência da perda dos rins com o seguinte comunicado: havia acontecido uma doação e minha mãe poderia ser uma das duas possíveis pessoas agraciadas para receber um órgão doado. Hoje é sexta feira, Já se passaram dois dias, e minha mãe para honra e glória de Jesus já está transplantada. Hoje me lembro do teor da oração do nosso líder que clamou pra que Deus fizesse um milagre e desse um rim novo para minha mãe. Deus ouviu essa oração e respondeu milagrosamente. Lembram da história do começo? A importância da nossa presença nos lugares? Onde nós estamos abençoamos e da mesma forma que acontecia no passado com uma antiga arca de madeira de acácia e revestida de ouro, Ele se manifesta onde estamos presentes em nós e através de nós... só que hoje, nós somos a Arca da presença de Deus,  obrigado pela oração e pela sua presença em nossa casa meu líder Wenner Fortes e congregação Leão de Judá.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Quando as coisas fogem ao nosso contole


Essa semana foi interessante, conseguimos depois de certo tempo ensaiar Aleluia!!! Para nós que temos o bom hábito de estarmos no estúdio pelo menos duas vezes na semana, é difícil ficar longe dele quase 20 dias. Preparamos duas músicas novas. Sempre deixo Deus falar comigo a respeito de qual música Ele quer ouvir ou o que Ele quer falar para nós como corpo de Cristo. A primeira canção “quebrantado” eu já conhecia, e ficava naquela de “essa é pra eu tocar no quarto sozinho”, mas, o Maumas chegou de Fortal e me sugeriu aí eu entendi “É de Deus!”. A segunda o brother Wanilson quem sugeriu, engraçado isso, foi a mesma coisa... É isso! Preparamos as músicas, ensaiamos tudo bonitinho, seriam necessário muitas vozes, o vocal estava desfalcado pela metade, mas, o ensaio funcionou surpreendentemente. Ficou bom. Tudo preparado para o culto do domingo a noite. Chegamos uma hora antes pra passar o som, preparei todos os slides. As coisas de repente começam a desandar. Nosso contrabaixista adoeceu. Tivemos que improvisar o Marcos (guitarrista) alguém teria que tocar o contrabaixo... Parabéns Markito! Você como baixista é um ótimo guitarrista... Mas ele deu conta deveria ter uns dois anjos soprano para ele os acordes hehehehehe... Mudança geral. O repertório ensaiado foi embora. Tivemos que muda r tudo 15 minutos antes de começar o culto. Calma gente! Está tudo sobre controle! A gente como líder tem que passar confiança pra turma. Mas, confesso o desconforto, quando as coisas fogem ao nosso controle. Sentimo-nos pequenos. Parece que o chão desaparece embaixo dos nossos pés, a cabeça vaga feito um astronauta solto no espaço... A única coisa que pensamos é: E agora?! É, mas, temos que começar o culto. Vamos orar galera! Geralmente antes de orarmos eu sempre dou uma palavra para todos. Dessa vez, a palavra já havia ido para o espaço, junto com tudo o que tínhamos programado. Olhei pra turma e ficou aquele silencio todo mundo com os olhos arregalado, como quem quisesse dizer “Ai Jesus!”. Só me restou ser o mais sincero possível. “Gente! estou inseguro!” essa seria a palavra que eu iria usar. Porém percebi a voz de Deus nítida em meu coração: “O culto é meu... Está tudo sobre controle!” Então eu falei: “Galera é o seguinte. Está tudo sobre controle. Quando as coisas fogem ao nosso controle Deus quer fazer algo diferente do jeito dEle.” É isso aí. Oramos e fomos a guerra. O louvor foi muito diferente. A igreja estava longe de está lotada... Só se via mulheres e crianças e alguns heróis na fé... “Se Jesus voltar em um domingo do jogo do Brasil nosso time vai ficar desfalcado... hehehehe... Misericórdia Senhor.” Mas, o culto foi uma benção. A guerra foi grande, contudo, a igreja adorou ao Senhor e fomos edificados. A mensagem do Pr. Rafael muito edificante... O Pr. Rafa tem uma capacidade divina de nos trazer mensagens simples, mas, com muita profundidade e conteúdo. Cristo em nós a esperança da glória! Ao terminar a mensagem, quando sinceramente eu já não esperava mais nada, o inesperado foi real. Jesus estava no culto desde o princípio, e a temática daquela noite foi intimidade com Cristo, buscar a sua face, comunhão, unidade, viver o verdadeiro cristianismo, relacionamento vertical e horizontal, viver o novo de Deus... Pr. Rafael começou a orar,o povo deu as mãos, cantamos junto, buscamos não só a presença de Deus, mas, queríamos ver a sua face. Mermão! (meu irmão) que presença de Deus! Que visitação tremenda! Que mover dos céus! Deus falou com muita gente nessa noite, foi maravilhoso, sei que muitos irmãos tiveram uma experiência com Deus nesse dia. Espero ouvir os testemunhos. Aqui vai um que eu não poderia deixar de mencioná-lo. Segue o nosso diálogo:
Clendson diz:hey macho e aí?
Jean Carlos diz:E aí mano... MOOORRAAAA pra o mundo!!!
Clendson diz:Hehehhe... mortim... heheh
Jean Carlos diz:sem cheiro... hehehehe... Glória a Deus pela tua vida...
Clendson diz:ontem no meio do culto me veio uma letra meio sem ritmo e comecei a escrever
Jean Carlos diz:ô glória!!! compartilha mano...
Clendson diz:algo massa nunca tinha acontecido comigo isso
Jean Carlos diz:aleluia mano...
Clendson diz:na verdade no meio da ministração do louvor me veio essa musica
Jean Carlos diz:glória a Deus... mano fugiu do nosso controle!!!! foi aquilo que falamos antes...
Clendson diz:diz assim:

Senhor,
Tu és o ar que respiro
Tu és o pão que me alimenta
Sem ti nada sou
Senhor,
Tu és o meu abrigo
Tu és o meu esconderijo
Confio no teu amor
Senhor,
Tu és minha força, minha canção
Te entrego meu coração
Me derramo em tua presença pra te adorar
Te amo, Eu preciso do teu amor...
TE adoro, te entrego o meu louvor
E mesmo em meio a tribulações eu quero oh Senhor, exalar o teu perfume
e quando no vale tiver de passar eu cantarei.
O quão grande és Senhor.
fim
o que vc me diz...
Jean Carlos diz:Queridão isso é muito profundo...
Deus deve ter se derramado em lágrimas quando ouviu vc dizer isso....
Clendson diz:eh bem simples.Uma canção meio que uma oração.Cara eu fiquei super feliz... experiência nova...

Palco ou Altar

Muitas pessoas querem oferecer seus talentos para Deus. Pessoas talentosíssimas, cheias de potencial e que sabem usar o seu dom como maestria e precisão quase cirúrgica. A pergunta é Deus precisa do nosso talento? Será que Ele se impressiona com nossas técnicas? Será que conseguimos arrebatar o seu coração com nossos acordes dissonantes e nossa arte?

O local onde geralmente chamamos de altar, essa plataforma alta de onde podemos ser vistos de qualquer parte do auditório, não é um lugar mais especial ou sagrado do que qualquer outro local que você escolheu para adorar a Deus. O fato de estarmos no púlpito (plataforma) não torna esse lugar mais importante que qualquer outro. Porém esse lugar nos coloca em evidência... E isso sim é um perigo. Pois existe uma linha muito tênue no que se faz ali; é palco ou é altar?

Quantas pessoas adentraram pelas portas dos recintos chamadas “igrejas” e foram impactadas por uma pregação ou um louvor, ou pela dança ou mesmo por uma peça teatral. Seus olhos fixos acompanhado de um coração acelerado denunciavam a sua emoção... Que lindo! Como eu gostaria de estar nesse lugar! Cuidado com o que você deseja! Cuidado com o que você pede pra Deus! O poder do microfone seduz. O lugar de destaque, o ponto mais alto onde se é enxergado por todos pode adulterar o caráter do homem. Há diferença, o palco é lugar de apresentações de talentos, o altar é lugar de entrega e sacrifício. No palco o foco é o homem... No altar o foco é Deus. Queremos os lugares altos, mas, esquecemos do preço. O palco de Jesus foi à cruz e o altar (sacrifício) sua própria vida. Pense nisso, pois devemos saber qual é o nosso lugar, e para saber isso precisamos conhecer a quem servimos. João o apóstolo dá uma demonstração de onde é o nosso lugar “E eu quando o vi, caí aos seus pés como um morto, e Ele pôs sobre mim a sua destra dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último” (Apc. 1:17). O nosso lugar é no altar com o rosto ao chão, os que amam o palco que façam suas apresentações e recebam seus aplausos, porém os que amam o altar continuem fazendo sacrifícios e carreguem cada um a sua cruz, pois se queremos a glória, é bom saber que Ele não divide sua glória com ninguém, cabe a você escolher onde quer servir no palco ou no altar.



quinta-feira, 13 de março de 2014

DOIS

Inevitavelmente existem dois grupos de pessoas que Deus abençoa. Os primeiros são “aqueles a quem Deus ama”... Sim Deus ama à todos, mas, alguns Ele ama digamos que de maneira especial. Quem poderia em sã consciência ver em Davi um homem segundo o coração de Deus “ Com amor terno te amei, com meu próprio sangue eu te remi, chamei-te pelo nome...” E dos doze que andaram com Jesus entre eles havia um “aquele a quem Ele amava”... estes são os que recebem bênçãos, mesmo sem merecer, recebem simplesmente porque Ele ama. “Deus ama a todos como se fossem um e a UM como se fossem todos. Não duvide de seu amor.” O segundo grupo, “são as pessoas a quem Deus usa”. Servos bons, fiéis a quem Deus dá o privilégio de serem instrumentos de benção na vida de outras pessoas. Inevitavelmente nos encaixamos em um destes dois grupos, mas, felizes são aqueles que se encaixam no segundo, afinal, “dá é melhor do que receber”.

INCOERÊNCIA

O povo brasileiro é engraçado, por que não dizer incoerente. Vai as ruas protestar contra os gastos “abusivos” de uma copa do mundo, gastos esses já estimados na casa dos nove bilhões de reais (totalmente relevante o protesto), mesmo sabendo que qualquer país teria o interesse em promover um evento esportivo dessa envergadura, exceto a Suíça que está muito mais interessada nos dólares que são amontoados em seus bancos, gerando muito mais lucro sem investimento nenhum do que gastar dinheiro com eventos esportivos. É mais fácil enriquecer guardando o dinheiro dos outros, idéia genial! Nada contra a copa do mundo, se fossemos um país sério com certeza hoje já estaríamos comemorando o legado deixado por um evento como este. Ficarão só os estádios de primeiro mundo num país de terceiro mundo, alguns deles verdadeiros elefantes brancos, sem serventia nenhuma para o uso dos quais foram construídos, a prática do futebol (arena de Manaus lotada só se for com o clássico Boi Garantido x Boi Caprichoso). As obras de infra-estruturas tão sonhadas, trem bala, metrôs modernos, aeroportos, foram para o espaço, ou melhor, para o esgoto da corrupção onde corre livre a mar aberto, fazendo a alegria da galera de “paletó e gravata” que estão muito bem acomodados em seus palácios e decidem o futuro da nação com canetadas e votos secretos... Protesto: Não queremos estádios! Queremos hospitais! Até aí tudo bem, mas, onde está a incoerência? E o carnaval? Engraçado ninguém protesta contra os gastos do carnaval. Copa do mundo em nosso país é só de meio em meio século, carnaval é todo ano. Os gastos estimados, só nas capitais do nosso país estão estimados, pasmem-se, na casa de 200 milhões de reais. Em apenas uma semana gastamos muito mais do que o PIB de muitos países. No Maranhão, por exemplo, o estado mais pobre da federação, onde existem mais de 200 municípios em estado de miséria, alguns deles gastam mais de 100 mil reais só com a produção artística desse evento. Tudo isso financiado com o dinheiro público. Uma semana de trabalho perdida, com índices de assaltos alarmantes, assassinatos, acidentes nas estradas, mortes e hospitais que já são lotados, amontoando mais um tanto de feridos quebrando todos os recordes, ano após ano. Sem falar em crescimento de contaminação por HIV chegando a índices da África mais miserável, prostituição infantil e fica o espaço pra você protestar e escrever o que quiser______________________________. Então, não é incoerente? Não vejo as pessoas nas ruas protestando contra os gastos com o carnaval. O bloco do “vem pra rua” cala a boca e abaixa suas bandeiras, afinal é carnaval. O certo é que com copa ou sem copa, com carnaval ou sem carnaval, dinheiro sempre tem e sempre terá, haja visto a grande arrecadação do “País dos Impostos”, o que falta mesmo é gente decente para administrar um “país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza” e cidadãos mais conscientes de suas responsabilidades para fiscalizar, denunciar e cobrar punição por tamanhos desmandos. A culpa por tanto, não é dos políticos corruptos, mas, de uma população corrupta que se cala onde há festa. A população carioca, por exemplo, tão engajada politicamente, fica calada com os 35 milhões gastos apenas em um final de semana no “maior espetáculo da Terra” afinal de contas, o que vale é samba no pé e que Deus no céu nos ajude... Incoerência.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O valor da oração


Quem nunca esteve envolvido em alguma situação adversa, daquelas que a única alternativa possível seria a oração? Já observaram que quando se trata de pedir algo a Deus para nós mesmos, somos objetivos, vamos direto ao assunto... “Senhor é isso... e isso...” não usamos de embromação, somos sucintos.
Não sei se isso só acontece comigo, mas, quando estamos de frente a um grande problema sem aparente solução, daqueles que beiram a o impossível, aqueles que chamamos de “só mesmo um milagre”, geralmente procuramos logo a turma da intercessão, ou os irmãos de fé, ou mesmo aqueles irmãos que em nosso ponto de vista, tem o “dom da oração”. Aí a gente ora, todo mundo ora, e quando a resposta chega, nós associamos imediatamente ao irmãozinho que orou com fé, e nos apequenamos mais ainda como se nossa oração fosse apenas mais um sussurro, ao invés do grito potente daqueles que ousam manifestar a glória de Deus no meio dos homens.
Deparei-me recentemente com uma situação dessas. E confesso algo mudou em mim. Em um sábado desses de futebol (engraçado eu ainda não tinha pensado nisso, outro sábado), tudo normal, ao retornar pra casa passei na casa da sogrinha a fim de pegar minhas princesas que haviam passado à tarde lá. Então, Laury minha esposa compartilhou comigo a situação de uma família amiga. O problema, uma jovem de 17 anos de idade, saudável, após sentir uma forte dor de cabeça e posteriormente desmaio, foi levada ao hospital onde se constatou que ela foi acometida de um acidente vascular cerebral. Seria necessária uma intervenção cirúrgica urgente. A cirurgia seria muito delicada, o coma já era proeminente. Toda a família estava reunida, choro, desespero, apreensão. As noticias seguem uma a uma, cada vez mais desesperadora, a cirurgia foi realizada, porém o aneurisma aumentou o tamanho significativamente. As noticias médicas seguem cada vez mais desanimadoras, seria necessário fazer o translado da jovem para São Paulo, um centro médico mais desenvolvido, o caso era grave.
Ao saber da noticia, não tem como a gente não sentir o mesmo sentimento de Jesus, quando Ele se deparava com situações parecidas, Misericórdia. A gente se sente tão pequeno tão inoperante e aí vamos nos enchendo de fé. E o que um irmão cheio de fé faz? Ora né?! Não! Ele liga pra um monte de irmãos na fé, liga para o Pastor, liga para o irmão que tem dom de cura ou aquela irmã fervorosa na oração... Geralmente acontecia assim comigo. Eu orava, mas, minha oração era apenas um sussurro no meio dos gritos de fé dos meus irmãos. E foi exatamente isso que fiz. Liguei pra todo mundo e fiquei ali com aquela família, consolando, dando palavras de fé, rebatendo todas as notícias negativas, repreendendo o desânimo. Foi então que eu ouvi a voz no meu coração: “Ora você”. Eu confesso que pensei; “Senhor, mas, tem tanta gente de fé orando, minha oração é só mais uma no meio da multidão”. Mas, a voz ficou no meu ouvido como se fosse um sino. Minha esposa então chama todos na sala de estar, e diz que eu faria uma oração e a moça seria curada. Na ora eu pensei, “meu Deus! Essa baixinha me mete em cada uma”. Deus usou minha esposa, ela falou com tanta convicção que eu pensei: “porque ela mesma não ora”, aí a voz veio novamente, agora mais forte “ora você!”. Meu amado, foi mesmo que ter tomado uma descarga elétrica de alta tensão, chamei o povo, e veio uma palavra vinda do trono de Deus para aquela família, o propósito seria a união, a família estava passando por sérios problemas e a palavra de Deus para eles, era unidade, aquela enfermidade seria para Glória de Deus! Demos as mãos e oramos. Depois mais uma vez confortamos aquela família, e fomos pra casa. No domingo pedi a todos os irmãos presente no culto que orassem por esse problema.
Os dias se passaram e as noticias vieram cada vez mais rápidas. A jovem saiu do coma, o aneurisma inexplicavelmente desapareceu, nenhuma seqüela. Hoje ela está bem, com saúde, faz acompanhamento médico, e o veredicto: “CURADA” para glória de Deus.
Glória a Deus! Ele ouviu a oração dos irmãos, eu pensei assim. Dias depois estava mais uma vez reunida com aquela família, o motivo agora era festa, um aniversário. Fiquei sabendo das noticias, havia sido realizado um culto em ações de graças a Deus para agradecê-lo por tão grande benção. Amém! Seria natural se a família em questão fosse de irmãos da nossa igreja, porém, poucos deles haviam sidos alcançados, a sua grande maioria ainda não teve um encontro pessoal com Cristo, eis uma grande vitória, todos provaram naqueles dias o amor de Deus. A família tinha motivos de alegria para comemorar naquela noite, era uma festa, estavam todos felizes, iríamos cantar “parabéns pra você”, quando alguém fala: “Antes de cantar parabéns o Jean vai fazer uma oração, porque a oração dele é forte e Deus ouve”. Eu fiquei mudo. Aí veio os testemunhos daquela oração feita em um começo de noite daquele sábado onde eu ouvi a voz de Deus me dizendo “ora você”. Eu fiquei mudo. Tanta gente orou. Deus ouviu todas as orações, mas, entre todas elas ele queria ouvir a minha oração pra manifestar a sua glória, para que todos cressem e pra que eu soubesse o valor da oração.

Bom dia galera... Na mesa do Rei

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dentro da Arca


Excremento fede. Seja de qual for o animal, racional ou irracional, excremento fede. Você já esteve em um zoológico? Lá mesmo ao ar livre, existe um cheiro diferente, um odor peculiar, mesmo sendo limpos todos os dias é fácil constatar, o excremento fede. Tente imaginar agora um grande barco à deriva, um pequeno ponto perdido no meio de uma imensidão azul. Os dias haviam passados, na memória de todos ainda ouviam-se os gritos de desespero, o terror, as lamentações daqueles que haviam ficado fora do barco. Foram quarenta dias de chuva torrencial, raios, trovões e tempestades. Agora estão ali Noé e sua família e mais algumas centenas de animais. Leão, rinoceronte, papagaio, girafa, cavalo, bode, gambá... Gambá? É pessoal! Gambá! na arca também havia gambá. Imagine o estresse, alimentar esse monte de animais, cada um com um comportamento diferente, comida diferente, “serviço” diferente no tamanho e no cheiro... hehehehe... Pensam que foi moleza. O odor naquele local beirava o insuportável. Acho que foi bem aí que Deus inventou a “acomodação olfativa” (é o que acontece quando o olfato se acostuma a um determinado cheiro e você começa a sentir com menor intensidade) hehehe.
Depois que a chuva parou, suscitou então uma expectativa no coração daquela gente, estaria chegando o grande dia em que enfim sairiam daquele lugar. Noé então teve uma idéia. Vou soltar um corvo pra ele dá uma sobrevoada, de repente ele encontra um lugar onde pousar. Família reunida, alegria no ar, os corações estão acelerados... Gente! enfim vamos tomar água de côco! andaremos descalços na praia, comeremos frutas fresquinhas, iupi! Enfim de volta a vida... Aí a galera começa cantar em côro; abre! Tchan-ran-ran... abre! Tchan-ran-ran... abre! Tchan-ran-ran. Noé sobe a escada, e a galera agita... vai lá pai... vai lá. Quando Noé abre a comporta, o fedor de destruição invade a arca, cheiro de morte, cadáveres dilacerados, podridão, caos. A euforia gerada pela expectativa, agora dá lugar à reflexão. Toda a humanidade agora está ali, introspectiva, cada um no seu recinto chamado eu, todos tem uma nova conotação do que é vida. Descobriram enfim que a arca na realidade era um bom lugar. A arca era um local seguro, ela representava o cuidado de Deus e a sua proteção.
A arca representa a igreja. Tem todo tipo de gente, alguns dão mais trabalho, alguns fazem o “serviço” maiores do que outros, o cheiro às vezes não é tão agradável, mas, todos estão ali, no lugar de proteção, no aprisco do Senhor, na Arca... Em que local na face da terra poderíamos está mais seguros?
Quanto à família de Noé, eles ficaram mais alguns dias na arca, até o dia em que enfim já estavam preparados para deixá-la, mas, essa é uma outra história, o que conta mesmo é que a lição foi ensinada a todos, sem que houvesse nenhuma palavra, "o melhor lugar do mundo pra se está é no centro da vontade de Deus, debaixo de suas asas, dentro da Arca".


ps: Hoje vivemos os mesmos dias de Noé, a maldade humana tem se multiplicado, tanto quanto ou mais do que naqueles dias, o cheiro de podridão já está no ar, vai chegar o dia em que O Eterno dirá... Basta! Como diria meu velho e bom amigo Rubão: melhor é “fazer como Noé... Que guardou a fé... que falou pro Zé... mas, o Zé não quer e a água veio e levou o Zé...”

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O valor de um discipulado


Está mais do que comprovado que a eficácia do cristianismo vivido em sua essência só é possível através de um discipulado bem feito. E o maior expoente, o melhor exemplo que temos é o do próprio Cristo. Quando Jesus começou o seu ministério ele treinou doze homens. E o treinamento não foi realizado em uma sala de sinagoga, tão pouco em um banco da Escola dos Sacerdotes de Jerusalém. Muito embora sendo um mestre, Jesus nunca teve um livro publicado, seu único escrito mencionado na Bíblia, foram alguns rabiscos na areia da praia, que o vento e água do mar apagaram facilmente. Eu até imagino que ele tenha escrito “ame o teu próximo como a ti mesmo”, entretanto, o certo é que nem sabemos o que Ele escreveu. O que sabemos é que ninguém ensinou como o mestre dos mestres. Sua única ferramenta era os escritos dos profetas. E sua metodologia revolucionária é o que fazia toda a diferença. Ele usava coisas simples do cotidiano, como uma figueira, para explicar coisas complexas como Reino de Deus. Ele usava histórias e figuras de linguagem simples para ensinar verdades profundas. Muitas pessoas ouviram seus ensinamentos, poucos entenderam. A Bíblia relata que ele explicava, traduzia, revelava suas parábolas aos seus discípulos que não correspondiam à grande multidão dos seus seguidores. Os ensinamentos de Jesus aos seus discípulos baseava-se unicamente em vida. Vida na vida, no dia a dia, na convivência, no andar juntos, no comer juntos, no estar juntos, relacionando-se intensamente uns com os outros. O alicerce do cristianismo foi consolidado por Jesus naqueles homens, depois de sua morte e ressurreição a semelhança daquelas pessoas simples com Cristo foram tantas, que eles foram apelidados de cristãos, pequenos cristos, cópias do seu mestre. O discipulado de Jesus deu certo. A prova somos nós hoje, que fomos alcançados dois mil anos depois pelo evangelho dos apóstolos, através da eficácia de um discipulado bem feito. A você que hoje tem discipulado, que vez ou outra tem uma perda no rebanho, não fique frustrado, dos doze discípulos de Jesus, um se perdeu, será que a culpa foi do mestre? Lógico que não. Isso não deve nos tirar o foco de olhar para todos os discípulos como potencial pra serem grandes expoentes de Deus no meio dos homens, porém, é inevitável, alguns fatalmente se perderão no meio do caminho, o que vai ficar mesmo são os frutos gerados na vida das pessoas que entenderem o valor de um discipulado.

É isso galera, o discipulado é a via de mão-dupla mais radical que conheço... Fiquem na paz! Na mesa do Rei

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

No tapete da sala de estar


Era um final de tarde de um feriado prolongado, daqueles que a gente fica tanto tempo sem fazer nada que até cansa. Olhei em cima da mesa e o DVD estava ali. Despretensiosamente comecei a assisti o filme. Prendeu minha atenção. Laury minha esposa e Deborah minha filhinha achegaram-se e de repente estávamos todos ali em frente a TV, sorrindo juntos, chorando e nos emocionando. Ganhamos o dia.
Para quem ainda não viu vale a pena. Corre até uma locadora, pega o DVD e deite-se no tapete da sala de estar, vale a pena, o filme é maravilhoso.